segunda-feira, 25 de abril de 2011

Amor, desejo e querer ﻶჱﻶ

Amor, desejo e querer
(Jorge de Azevedo)
Desejo sua boca, seus sussurros
a maneira louca de seus urros,
o toque meigo e querido,
a dança no ventre,
os gemidos,
as pernas enlaçando
meu corpo abraçando,
falando palavras vulgares
trazidas de tantos lugares
que importa,
a porta entreaberta
numa nesga incerta
de olhares fugazes.
Ah, como desejo seu gozo
o corpo servindo de pouso
para esse corpo cansado
atingindo um orgasmo
extasiado,
entre loucas ações em delírios.
Ah, como desejo esse corpo,
essa mente que já nem pensa
e se entrega na espera tensa
de tantas tardes úmidas e frias,
como desejo e não sabia,
ou já sabia e não lembrava
do gosto ardente do beijo
salpicando de brasa o desejo
tomando forma de coito.
Amo, portanto lhe quero,
e se lhe quero como desejo
pois, o desejo é mais que o beijo
guardado em embalagem de bronze
levado por quem ama para longe,
para perto, que importa?
Não nota a ansia chegando
em cada toque não planejado?
Como quero ver esse corpo deitado,
as coxas despidas sobre meu leito,
minhas mãos cheias com seu peito,
e em movimentos desconexos...
ah, como desejo e quero,
ter voce agora,
sexo sobre sexo.
Recife, 23 julho 2009

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