quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dona exclusivaﻶჱ


Dona exclusiva
(Jorge de Azevedo)
Não somente a poesia
quero que tome exclusiva,
apodere-se exclusivamente
dos pensamentos de
quem compôs o poema,
dos carinhos e caricias,
das saudades e meiguices,
das manhas e vícios,
dos erros e pecados.
Seja dona exclusiva,
das saudades que inspira,
dos momentos suplicantes,
das madrugadas sem agonia,
da sombra ao lado da minha
enquanto caminho sem destino.
Seja a dona do meu destino,
dos desatinos e sonhos loucos,
faça-me de louco e insano
enquanto brada aos ventos
que voce é – sem nenhuma dúvida –,
a dona exclusiva,
não somente do poema
que componho, mas,
também de todos os meus sonhos,
de toda a minha vida.
Recife, 9 abril 2011

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