É segredo de quem ama
não conhecer pela rama
gozo que seja profundo,
elaborado na terra
e tão fora deste mundo
que o corpo, encontrando o corpo
e por ele navegando,
atinge a paz de outro horto,
noutro mundo: paz de morto,
nirvana, sono do pênis.
não conhecer pela rama
gozo que seja profundo,
elaborado na terra
e tão fora deste mundo
que o corpo, encontrando o corpo
e por ele navegando,
atinge a paz de outro horto,
noutro mundo: paz de morto,
nirvana, sono do pênis.
dorme, menina, nanana,
dorme onça suçuarana,
dorme cândida vagina,
dorme a última sirena
ou a penúltima? O pênis
dorme, puma, americana
fera exausta. Dorme, fulva
grinalda de tua vulva
E silenciem os que amam,
entre lençol e cortina
ainda úmidos de sêmen,
estes segredos de cama
entre lençol e cortina
ainda úmidos de sêmen,
estes segredos de cama
(Carlos Drummond de Andrade)
Um olhar distante... um pensamento constante.
No sossego do silêncio... dar vontade de voar!
Trazendo-me a esperança de um dia ele(a) voltar.”
(Ducarmo de Assis)