Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
(Eugénio de Andrade)
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
(Eugénio de Andrade)
Olá Lúcia , encantado por ter feito a visita ao meu blog e mais ainda por ter aqui " postado " um poema de um dos grandes em poesia de Portugal o Eugenio de Andrade...
ResponderExcluirTenho de reter a minha visão mais tempo neste seu blog..Boa Páscoa Lúcia , beijo
Obrigada amigo! Fico lisongeada por sua visita e comentários.
ResponderExcluirEu até já o estou seguindo. Peço permissão desde já para usar seus postes em meu Blog. Feliz Páscoa.