Amas-me com quero amar a ti
(Jorge de Azevedo)
Deixo-te amar-me assim desta forma
como deseja amar-te todos os meus amores,
possuir-te deixa-me com todos os ardores
adentrando minha alma que se transforma.
Amas-me, com a argúcia dos teus desejos
e bebe-me ardentemente em cada dia
como se fosse uma taça de ambrósia
intercalando goles em cada beijo.
Tomas-me e fazes de mim teus delírios
desnudas-te o corpo pervertes tua alma
e sem lampejos de ânsia ou plena calma
fazes de meu corpo um tapete em lírios.
Deixo-te amar-me, pois, é o que almejo
em cada noite despertada na cama imensa
vazia de teu corpo se torna cela tensa
aprisionando desejos que tanto desejo.
Transformas-me na veste que veste tua cútis
cambias-me como licor após o almoço
e se tens os lençóis em pleno alvoroço
tocas em mim, com tuas mãos tão sutis.
Despertas esta fera guardada e adormecida
soluçante nas tardes amenas de primavera
ai, doce mulher como agora ter-te quisera
embalando os orgasmos sonhados em minha vida.
Deixo-te amar-me com a volúpia que me desejas
pois, a ti desejo com a volúpia dos meus instantes
e mesmo sabendo que tu estás tão distante
sonho com todos os beijos que não me beijas.
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"Felicidades..."