quinta-feira, 14 de julho de 2011

Deixou a porta aberta... ह५ﻶჱﻶह

Deixou a porta aberta...
Foi-se embora sem se despedir.
Nem ao menos um adeus deixou.
Não teve dó nem piedade de mim.
Naquele dia um homem chorou. 
Deixou a porta aberta e uma ferida.
Nem sequer voltou para trás a face.
Foi-se embora numa estrada comprida
Igual raios de sol num final de tarde. 
Fiquei a chorar na cama e na vida
Umedecendo o lençol e travesseiro,
Adentrando-me tamanho desespero
Que nada ousou dizer minha língua. 
Vi-te dissolvendo entremeio brumas,
Desaparecendo em um denso nevoeiro...
Não pude conter o comando dos dedos
Que, por si só, esticaram a tua procura. 
Tombei, abatido em noites escuras.
Em prantos me perdi em pesadelos,
Em ondas envolventes de espumas
Que me arrastavam pelos cabelos... 
Blasfemei contra Deus e os homens.
Maldisse contra os céus e os infernos.
Incinerei meu poema de mil versos.
Apaguei a tatuagem com teu nome. 
Foi-se embora sem se despedir.
Nem ao menos um beijo deixou.
Lágrimas tantas saíram de mim
Que um outro oceano se formou.
By C@t Lucy
http://www.luso-poemas.net/modules/news/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Felicidades..."